quarta-feira, 20 de abril de 2011

Diabetes

Os alimentos são constituídos de três nutrientes principais:
Carboidratos - (digestão) -> Glicose(açúcar no sangue)
Proteínas - (digestão) Aminoácidos
Gorduras - (digestão) Ácidos Graxos
Podemos retirar energia de qualquer uma das três categorias, mas os carboidratos são c especialmente importantes porque eles são rapidamente convertidos em glicose quando precisamos rapidamente de energia. Entre as refeições, o fígado libera a glicose estocada para a corrente sangüínea.
Assim, mantém normais os níveis de glicose rio sangue. Para ajudar a penetração do suprimento de açúcar em cada célula do corpo, o pâncreas envia Insulina para a corrente sanguínea, fazendo corri que o hormônio chegue aos receptores de insulina ria superfície destas células. Só quando a insulina se liga à superfície das células é que elas podem absorver a glicose da corrente sanguínea.
Quando o nível de glicemia (açúcar no sangue) aumenta após unia refeição, a quantidade de insulina (chamada de insulina da hora da refeição) também aumenta para que este excesso de glicose possa ser rapidamente absorvido pelas células. 0 fígado pára de secretar glicose e passa a estocar glicose do sangue para usá-la posteriormente. Quando a insulina termina seu trabalho ela se degrada. 0 corpo, assim, tem que renovar constantemente seu estoque de insulina.

tipo 1

No Diabetes Tipo 1, ou insulino-dependente, as células do pâncreas que normalmente produzem insulina, foram destruídas. Quando pouca ou nenhuma insulina vem do pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue; as células começam a "passar fome" e o nível de glicose no sangue fica constantemente alto. A solução é injetar insulina subcutânea (embaixo da pele) para que possa ser absorvida pelo sangue.
Ainda não é possível produzir uma forma de insulina que possa ser administrada oralmente já que a insulina é degradada, pelo estômago, em urna forma inativa. Uma vez que o distúrbio se desenvolve, não existe maneira de "reviver" as células produtoras de insulina do pâncreas. 0 transplante de um pâncreas sadio ou, apenas, o transplante de células produtoras de insulina de uni pâncreas sadio já foram tentados, irias ainda são considerados em estágio experimental.
Portanto, a dieta correta e o tratamento com a insulina ainda são necessários por toda a vida de um diabético. Não se sabe o quê causa a destruição das células produtoras de insulina do pâncreas ou o porquê do diabetes aparecer em certas pessoas e não em outras. Fatores hereditários parecem ter o seu papel, mas o distúrbio, praticamente, nunca é diretamente herdado. Os diabéticos, ou as pessoas com diabetes na família, não devem ter restrições quanto a ter filhos.

tipo 2

Embora não se saiba o que causa o Diabetes Tipo II, sabe-se que neste caso o fator hereditário tem uma importância bem maior do que no Diabetes Tipo I.
Também existe uma conexão entre a obesidade e o Diabetes Tipo II; embora a obesidade não leve, necessariamente ao diabetes. 0 Diabetes Tipo II é um distúrbio comum, afetando 2-10% da população. Todos os diabéticos tipo II produzem insulina quando diagnosticados e, a maioria, continuará produzindo insulina pelo resto de suas vidas.
O principal motivo que faz com que os níveis de glicose no sangue permaneçam altos está na incapacidade das células musculares e adiposas de usar toda a insulina secretada pelo pâncreas. Assim, muito pouco da glicose presente no sangue é aproveitado por estas células.
Esta ação reduzida de insulina é chamada de "resistência insulínica". Os sintomas do Diabetes Tipo II são menos pronunciados e esta é a razão para considerar este tipo de diabetes mais "brando" que o Tipo I. 0 Diabetes Tipo II deve ser levado a sério; embora seus sintomas possam permanecer desapercebidos por muito tempo, pondo em sério risco a saúde do indivíduo.

Diagnóstico

Em um paciente diabético Tipo 1, não tratado, o metabolismo da glicose pelas células do corpo é reduzido e o excesso de glicose presente no sangue é eliminado pela urina. Esta condição produz muitos sintomas.
Os mais freqüentes são:
Perda de Peso
Fadiga
Poliúria
Sede excessiva
Uma pessoa com estes sintomas pronunciados pode ser facilmente diagnosticado como portadora do Diabetes Tipo 1. Os portadores do Diabetes Tipo 2 apresentam diversos níveis de gravidade e sintomas, podendo passar por um período (até de muitos anos) em que não se suspeitará do Diabetes.
Para um diagnóstico apropriado do Diabetes o médico deve conhecer a concentração de glicose no sangue do paciente. Em indivíduos não diabéticos, o nível normal de glicose no sangue é aproximadamente de 5 mmol/l (90 mg/dl). Logo após uma refeição este nível aumenta para, aproximadamente, 7 mmol/l (126 mg/dl). O nível raramente é inferior a 3,5 mmol/l (63 mg/dl). Geralmente não detecta-se glicose na urina em concentrações inferiores a 10 mmol/l (180 mg/dl).

Hipertensão Arterial

É uma doença caracterizada pelo aumento constante da pressão sangüínea acima da normalidade, também conhecida como pressão alta.
Representa uma das causas mais freqüentes de mortalidade em adultos, por problemas cardiovasculares.
Pode ser dividida em:
Hipertensão Primária ou Essencial
Atinge um número maior de pessoas, sem uma causa conhecida, mas parece estar associada à presença de fatores de risco.
Hipertensão Secundária
Atinge um menor número de pessoas, sua origem está relacionada a problemas renais, glandulares, hepáticos, circulatórios ou se manifesta durante gravidez.

Fatores de risco que facilitam o aparecimento da Hipertensão Arterial

Idade - entre 40 a 60 anos
Sexo - ocorre com maior freqüência entre os homens
Hereditariedade
Obesidade, diabetes, nível de colesterol elevado
Vida sedentária (falta de exercícios regulares)
Abuso de café, álcool e fumo
Efeito colateral pelo uso de anticoncepcionais e anti-inflamatórios
Situações de "estresse" (ansiedade, tensão nervosa)

Conseqüências da Hipertensão Arterial não controlada

Pode ocorrer estreitamente ou rompimento das artérias, dificultando a circulação de sangue para todo organismo.
O resultado pode gerar complicações graves e até mesmo fatais, como por exemplo:
Infarto do miocárdio
Derrame cerebral ou
Insuficiência renal.

Sintomas e os sinais da Hipertensão Arterial

A Hipertensão Arterial pode ser assintomática por muitos anos, sem que a pessoa perceba o desenvolvimento da doença.
Alguns sintomas podem servir como alerta:
Cefaléia
Inchaço nas pernas
Tontura
Fadiga
Irritabilidade
Impotência sexual
Taquicardia
Sangramento nasal
Falta de ar
Dor no peito
Trombose.

Como é classificada a pressão arterial?

 
Pressão sistólica (máxima)
Pressão diastólica (mínima)
Pressão normal
13 - 13,9 8,5 - 8,9
Hipertensão leve
14 - 15,9 9 - 9,9
Hipertensão moderada
16 - 17,9 10 - 10,9
Hipertensão grave
18 - 20,9 11 - 11,9
Hipertensão muito grave
21 ou mais 12 ou mais

Tratamento da Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial é uma doença crônica não curável, podendo ser controlada através de mudanças que levam a uma vida mais saudável:
Manter o peso ideal
Evitar o consumo de alimentos salgados
Evitar o fumo e a bebida alcoólica
Evitar o "estresse" por meio de técnicas de relaxamento
Praticar exercícios físicos moderados e regularmente
Fazer consultas médicas periódicas
Usar medicamentos somente sob orientação médica
Consultar um nutricionista para a orientação dietética.

Redução no consumo de sal de cozinha (cloreto de sódio)

Hipertensão Leve consumo de 3 a 5 gramas de sal/dia
Hipertensão Moderada consumo de 4 a 6 gramas de sal/dia
Hipertensão Grave consumo de 0,5 grama de sal/dia
Preparar as refeições sem sal
Lembre-se: 1 colher de café rasa é igual a 1 grama de sal

Alimentos ricos em Sódio que devem ser evitados:

Evitar queijos salgados, manteiga ou margarina com sal, carnes salgadas (bacalhau, carne seca, toucinho)
Embutidos e frios: lingüiça, presunto, salame, mortadela, salchicha, etc
Enlatados: palmito, ervilha, sardinha, atum, milho, etc
Produtos industrializados: molhos em geral, salgadinhos para aperitivo, temperos prontos e preparações congeladas (lasanha, frango empanado, pizza, etc).

Sugestões para tornar a alimentação mais saborosa

Ao invés do sal, utilizar temperos naturais durante a preparação das refeições para realçar o sabor, com:
Cebola
Alho
Manjericão
Orégano
Alecrim
Salsa
Coentro
Louro e/ou
Outras especiarias aromáticas

DENGUE

Mosquito

A origem do Aedes aegypti, inseto transmissor da doença ao homem, é africana. Na verdade, quem contamina é fêmea, pois o macho apenas se alimenta de seivas de plantas. A fêmea precisa de uma substância do sangue (a albumina) para completar o processo de amadurecimento de seus ovos. O mosquito apenas transmite a doença, mas não sofre seus efeitos.

Dengue: doença fingida

Por não ter sintomas específicos, a doença pode ser confundida com várias outras, como leptospirose, sarampo, rubéola. São doenças que provocam febre, prostração, dor de cabeça e dores musculares generalizadas. Um médico consegue, por exames em laboratório, definir a doença e tratá-la corretamente.

Infecção passo a passo

(1). O mosquito infectado pica o homem.
(2). O vírus se dissemina pelo sangue.
(3). Um dos locais preferidos do vírus para se instalar no corpo humano é o tecido que envolve os vasos sangüíneos, chamado retículo-endotelial.
(4). A multiplicação do vírus sobre o tecido que provoca a inflamação dos vasos. O sangue, com isso, circula mais lentamente.
(5). Como a circulação fica mais lenta, é comum que os líquidos do sangue extravasem dos vasos. O sangue torna-se mais espesso.
(6). O sangue, mais espesso, pode coagular dentro dos vasos provocando trombos (entupimentos). Além disso, a circulação lenta prejudica a oxigenação e nutrição ideal dos órgãos.
(7). Com o tempo, se não houver tratamento específico, pode haver um choque circulatório. O sangue deixa de circular, os órgãos ficam prejudicados e podem parar de funcionar. Isso leva à morte.

Febre hemorrágica

Em função da inflamação dos vasos (por causa da instalação dos vírus no tecido que os envolve), há um consumo exagerado de plaquetas, pequenos soldados que trabalham contra as doenças. A falta de plaquetas interfere na homeostase do corpo - capacidade de controlar espontaneamente o fluxo de sangue. O organismo passa a apresentar uma forte tendência a ter hemorragias.

Pode ocorrer

1 - Se a pessoa tem dengue pela segunda vez (outro tipo de vírus), pode contrair a hemorrágica.
2 - Há quatro sorotipos diferentes de dengue. Um deles, o den2, é o mais intenso. Este tipo pode evoluir para a dengue hemorrágica.
3 - Combinação da seqüência de doença, da força do vírus e da suscetibilidade da pessoa. Se for alguém com Aids, por exemplo, a doença oferece mais riscos.

Conselhos

Para controlar a febre hemorrágica, aconselha-se tomar muito líquido e evitar medicamentos a base se ácido acetilsalicílico, como Aspirina ou Melhoral.

A dengue e o tempo

O vírus da dengue precisa de tempo para se manifestar no homem ou mesmo para infectar o mosquito transmissor. A idade ideal do mosquito para transmitir a doença é a partir do 30º dia de vida. O Aedes tem um ciclo total de 45 dias.
Uma vez contaminado, o homem demora entre 2 e 15 dias para sentir os sintomas da doença.
Há um período para que o mosquito se contamine ao picar um homem. Vai desde o dia anterior à febre até seis dias depois desta. Fora desse tempo, o mosquito pica e não se contamina.
Depois de picar o homem, só depois de oito dias o Aedes consegue contaminar outro homem.
Dengue
99% dos infectados têm febre, que dura cerca de sete dias. Pode ser branda ou muito alta, dependendo do indivíduo e da força do vírus, da virulência.
Dengue
25% apresentam manchas vermelhas em todo o corpo, as chamadas exantemas. Como o vírus se instala também próximo aos vasos, é comum estes inflamarem e ficarem evidentes na pele.
Dengue
50% têm prostração, indisposição.
Dengue
60% têm dor de cabeça.
Dengue
50% têm dor atrás do olho.

TUBERULOSE

A tuberculose é uma infecção contagiosa, potencialmente mortal, causada por uma bactéria que se encontra no ar chamada Mycobacterium tuberculosis,M. bovis ou M. africanum.
O termo tuberculose faz referência à doença mais frequentemente causada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas que, por vezes, também pode ser devida à acção do M. bovis ou do M. africanum. Apesar de outras micobactérias provocarem afecções semelhantes à tuberculose, essas infecções não são contagiosas e a maioria delas não responde aos medicamentos que, em contrapartida, se revelam muito eficazes contra a tuberculose.
Os seres humanos padecem de tuberculose desde a Antiguidade.
Ela converteu-se num imenso flagelo na Europa durante a Revolução Industrial, quando as cidades se povoaram de forma exagerada e representou então mais de 30 % dos óbitos.
Com o desenvolvimento do antibiótico estreptomicina nos anos 40, da isoniazida nos anos 50, do etambutol nos anos 60 e da rifampicina nos anos 70, a batalha contra a tuberculose parecia ganha. Contudo, em meados da década de 80, o número de casos em alguns países começou novamente a aumentar. A SIDA, juntamente com o excesso populacional e as más condições sanitárias de muitas zonas urbanas, os albergues para pessoas sem casa e as prisões, fizeram com que voltasse a ser um problema grave de saúde pública.
Além disso, é particularmente preocupante que algumas variedades de bactérias responsáveis se tenham tornado resistentes aos antibióticos utilizados para tratar a doença. De qualquer modo, em alguns dos países referidos a incidência da tuberculose está de novo a começar a diminuir.
Esta doença é mais frequente entre as pessoas de idade avançada.
Existem três razões básicas para que se verifiquem mais casos entre os indivíduos de proveta idade:
1) muitos foram infectados quando a tuberculose era mais frequente
2) com a passagem dos anos, a eficiência do sistema imunitário do organismo reduz-se, o que possibilita que as bactérias inativas sejam reativadas
3) os idosos que se encontram em centros de cuidados crónicos têm maior probabilidade de estar mais em contato com adultos da mesma idade, correndo o risco de contrair a doença.
A doença é em parte devida a condições de maior pobreza e de salubridade deficiente e, em parte, à forma como evoluiu a tuberculose.
Durante milhares de anos, a tuberculose cobrou um preço muito elevado na Europa, que era povoada principalmente por brancos, os mais resistentes à doença conseguiram sobreviver e reproduzir-se.
Como consequência, essas pessoas transmitiram os genes da resistência à tuberculose às gerações seguintes.
Pelo contrário, deve assinalar-se que entre os grupos étnicos que contraíram a doença numa época relativamente recente (como se tem observado, por exemplo, na população de etnia negra americana que foi contagiada pela primeira vez à sua chegada ao novo continente) a incidência da tuberculose é maior, dado que tiveram muito menos tempo para desenvolver genes resistentes e transmiti-los à sua descendência.

Como se desenvolve a infecção

Atualmente nos países desenvolvidos, a tuberculose só se transmite inalando ar contaminado com Mycobacterium tuberculosis num ambiente fechado.
Para que o ar se contamine, uma pessoa com tuberculose ativa terá de expelir as bactérias com a tosse e estas poderão permanecer no ar durante várias horas.
No entanto, um feto pode adquirir tuberculose através da mãe, antes ou durante o nascimento, por respirar ou engolir líquido amniótico infectado, e um lactente pode contrair a doença, depois de nascer, ao respirar ar que contenha gotículas infectadas.
Nos países em vias de desenvolvimento, as crianças podem infectar-se com outra micobactéria que cause tuberculose.
Este organismo, chamado Mycobacterium bovis, pode ser transmitido através do leite não pasteurizado.
O sistema imunitário de uma pessoa afetada com tuberculose destrói habitualmente as bactérias ou então encerra-as no local da infecção.
De fato, cerca de 90 % a 95 % de todas as infecções por tuberculose saram sem que a pessoa sequer o note.
Todavia, por vezes as bactérias não são destruídas, antes permanecendo inativas dentro de determinados glóbulos brancos (chamados macrófagos) durante muitos anos. Aproximadamente 80 % das infecções tuberculosas são causadas pela ativação de bactérias inativas.
As bactérias que vivem nas cicatrizes que a infecção inicial deixa (localizadas geralmente na parte superior de um ou de ambos os pulmões) podem começar a multiplicar-se. A ativação de bactérias inativas pode ter lugar quando o sistema imunitário do indivíduo não funciona bem (por exemplo, em virtude da SIDA, do uso de corticosteróides ou da idade avançada), caso em que a afecção pode pôr a sua vida em perigo.
Geralmente uma pessoa infectada com tuberculose tem uns 5 % de probabilidades de vir a desenvolver uma infecção ativa num período de um a dois anos. A eclosão da tuberculose varia em grande medida de pessoa para pessoa, dependendo de diversos fatores, como a origem étnica.
Contudo, o índice de progressão depende, em particular, da força do sistema imunológico do indivíduo. Por exemplo, a progressão de uma infecção ativa é muito mais provável e rápida nos doentes com SIDA.
Um doente com SIDA que aparece infectado com tuberculose tem 50 % de probabilidades de desenvolver uma doença ativa antes de dois meses. Se as bactérias que causam a infecção tuberculosa se tornam resistentes aos antibióticos, uma pessoa com SIDA e tuberculose tem 50 % de probabilidades de morrer num lapso de tempo de dois meses.
A tuberculose ativa começa habitualmente nos pulmões (tuberculose pulmonar). A tuberculose que afeta outras partes do organismo (tuberculose extrapulmonar) costuma provir de uma infecção tuberculosa pulmonar que se disseminou através do sangue. Como no caso dos pulmões, a infecção pode não causar doença, dado que as bactérias podem permanecer inativas acantonadas numa pequena cicatriz.

Sintomas e complicações

De início, uma pessoa infectada pode simplesmente não se sentir bem ou ter uma tosse que é atribuída ao tabaco ou a um episódio recente de gripe. A tosse pode produzir uma pequena quantidade de expectoração verde ou amarela pela manhã. A quantidade de expectoração aumenta habitualmente à medida que a doença progride. Finalmente, a expectoração pode surgir raiada de sangue, embora não seja frequente encontrá-lo em grandes quantidades.
Um dos sintomas mais frequentes é o fato de se acordar durante a noite empapado num suor frio que obriga a pessoa a mudar de roupa ou mesmo a trocar de lençóis. Este suor é devido à descida da ligeira febre de que o doente se não apercebe.
A dificuldade em respirar pode indicar a presença de ar (pneumotórax) ou líquido (derrame pleural) no espaço da pleura.
Cerca de um terço das infecções que se declaram fazem-no sob a forma de derrame pleural. Aproximadamente 95 % dos derrames pleurais que afetam os adultos jovens são causados por uma infecção recente por Mycobacterium tuberculosis.
Em geral torna-se difícil estabelecer o diagnóstico, mas os médicos experientes sabem que a referida situação deve ser tratada como tuberculose porque, caso contrário, cerca de metade das infecções acabariam por se converter numa verdadeira tuberculose do pulmão ou de outro órgão.
Numa primoinfecção tuberculosa as bactérias transferem-se da lesão do pulmão para os gânglios linfáticos que drenam esse órgão. Se as defesas naturais do organismo puderem controlar a infecção, esta não prossegue o seu avanço e as bactérias são inativadas.
Contudo, nas crianças, os gânglios linfáticos podem aumentar de volume e comprimir os brônquios, causando uma tosse metálica e até, possivelmente, um colapso pulmonar.
Ocasionalmente as bactérias disseminam-se pelos canais linfáticos até formar um grupo compacto (massa) de gânglios no pescoço. Estes gânglios linfáticos podem rebentar, romper a pele e deixar sair o pus através dessa abertura.
A tuberculose pode afetar outros órgãos do corpo além dos pulmões, numa doença denominada tuberculose extrapulmonar. Os rins e os ossos são provavelmente os locais onde mais frequentemente se desenvolve a tuberculose extrapulmonar.
A tuberculose dos rins pode determinar poucos sintomas, mas a infecção é capaz de destruir parte desses órgãos. A partir daí, a tuberculose pode propagar-se para a bexiga, mas, diferentemente de outras infecções vesicais, pode não provocar muitos sintomas.
Nos homens, a infecção também se pode propagar à próstata, às vesículas seminais e ao epidídimo, formando uma tumefacção no escroto. Nas mulheres, a tuberculose pode cicatrizar os ovários e as trompas de Falópio, provocando esterilidade. A partir dos ovários, a infecção pode propagar-se ao peritoneu (a membrana que reveste a cavidade abdominal). Os sintomas desta doença, chamada peritonite tuberculosa, podem variar desde a fadiga e queixas de estômago ligeiras com alguma dor à palpação até uma dor intensa parecida com a da apendicite.
A infecção pode propagar-se até uma articulação, causando artrite tuberculosa. A articulação fica inflamada e dói. As mais frequentemente afetadas são as que suportam mais peso (as ancas e os joelhos), mas os ossos do pulso, da mão e do cotovelo também podem ser lesados.
A tuberculose pode infectar a pele, os intestinos e as glândulas supra-renais.
Registaram-se mesmo casos em que a infecção se localizou na parede da aorta (a principal artéria do corpo), causando a sua ruptura.
Quando a tuberculose se propaga ao pericárdio (o saco membranoso que rodeia o coração), este dilata-se em virtude da presença de líquido, uma doença conhecida como pericardite tuberculosa. Este líquido pode afetar o bombear de sangue por parte do coração.
Os sintomas são febre, dilatação das veias do pescoço e dificuldade em respirar.
Uma infecção tuberculosa localizada na base do cérebro (meningite tuberculosa) é extremamente perigosa.
Em alguns países desenvolvidos, a meningite tuberculosa é, atualmente, mais frequente entre as pessoas de idade avançada.
Nos países em vias de desenvolvimento, é mais frequente entre as crianças, desde a nascença até aos 5 anos.
Os sintomas da meningite tuberculosa são febre, dor de cabeça constante, náuseas e sonolência que pode acabar em coma.
A nuca costuma estar tão rígida que o queixo não consegue tocar no peito. Quanto mais se atrasar o tratamento, mais probabilidades há de que ocorram danos cerebrais irreparáveis. Por vezes, enquanto a pessoa afetada de meningite tuberculosa melhora, pode ter-se formado no cérebro uma massa semelhante a um tumor chamada tuberculoma.
Este pode provocar sintomas como fraqueza muscular, semelhante à causada por um acidente vascular cerebral, e é possível que tenha de ser extirpado cirurgicamente.

DIGESTÃO

    Todos os dias o organismo humano sofre, pelo seu funcionamento, uma perda considerável de matéria: 2800g de água (1300g eliminados por via urinária, 500g pela transpiração, 500 pelas fezes e o restante pelos pulmões); mais de 30g de sais minerais; 920g de dióxido de carbono. A ingestão de alimentos permite compensar esta situação e assegurar o funcionamento do organismo, reparando as perdas celulares que ocorrem constantemente – as células intestinais vivem apenas de 3 a 5 dias, as do fígado de 8 a 10 dias, os glóbulos vermelhos 120 dias... Fornece também a energia despendida em calor e em trabalho e a que é necessária para o crescimento.
    Os alimentos são constituídos por substâncias variadas a que se dá o nome de nutrientes, que o organismo utiliza nas suas actividades vitais. Esses nutrientes podem ser substâncias minerais, como a água e os sais minerais, e compostos orgânicos: proteínas, glícidos, lípideos e vitaminas.
Para que os nutrientes sejam aproveitados, as macromoléculas dos alimentos são fragmentadas em moléculas menores – processo chamado de digestão -, as quais são absorvidas e transportadas posteriormente aos tecidos, onde serão usadas nas etapas do metabolismo.
Os alimentos habitualmente consumidos por um animal constituem sua dieta, e as substâncias ingeridas e usadas no metabolismo são os nutrientes. Nutrientes requeridos em grandes quantidades como carboidratos, proteínas e lipídios, são macronutrientes. Necessários em pequenas quantidades, minerais e vitaminas são micronutrientes. Outro importante nutriente é a água.

Quanto à função no corpo, os nutrientes são classificados em:
#Energéticos: usados fundamentalmente como fonte de energia, são os carboidratos e os lipídios. O organismo tem necessidade constante de recompor o combustível usado para realizar suas funções e para sua movimentação. Arroz, macarrão, margarina e óleos vegetais são exemplos de alimentos ricos em nutrientes energéticos.
#Plásticos ou construtores: utilizados essencialmente na formação de constituintes estruturais, são as proteínas. Importantes para recompor as perdas sofridas e favorecer o crescimento tecidual do organismo em constante funcionamento Carnes e ovos são exemplos de alimentos ricos em proteínas.
#Reguladores: imprescindíveis à regulação do metabolismo, são as vitaminas e os minerais, presentes em alimentos como frutas, verduras, fígado bovino e gema de ovo. Regulam as reações químicas intra e extracelulares.
Nenhum alimento é unicamente energético, plástico ou regulador na verdade, todo alimento tem um pouco de cada uma dessas características, mas como uma delas sobrepõe às outras, o alimento passa a ser conhecido por ela.
Etapas da digestão
Após entrar na boca e ser triturado pelos dentes, o alimento passam por sucessivas enzimas as quais em diferentes órgãos decompõem partes distintas dos alimentos. A tabela abaixo resume tal processo.
Enzima
Atua Sobre
Proporciona
Local onde se Produz
Ptialina
Amidos
Maltose
Boca (Glândulas)
(Salivares)
Amilase
Amidos e
Açúcares
Glicose
Estômago e
Pâncreas
Pepsina
Proteínas
Peptídeos e
Amino­ácidos
Estômago
Lípase
Gordu­ras
Ácidos gordos
e Glicerina
Pâncreas
e Intestino
Lactasse
Lactose
Do Leite
Glicose e
Ga­lactose
Intestino. Diminui
com crescimento
     

   A digestão produz moléculas pequenas e solúveis (glicose, aminoácidos, glicerol, ácidos graxos, etc.), que são absorvidas.

O intestino delgado absorve a maior parte da água que passa por ele; o restante é absorvido no intestino grosso. Os íons minerais e as vitaminas não são submetidos à hidrólise, sendo absorvidos também no intestino delgado.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas. Passam inertes por todo o tubo digestório e constituem uma parte da massa fecal.












O profissional de enfermagem na sociedade

O que se observa hoje é um reflexo da forma como foi construindo-se a profissão de enfermagem.
Não é de se estranhar que o contingente de trabalhadores na área de enfermagem seja ainda
feminino.
Outro fato observável é o grande numero de auxiliares em relação a técnicos, já que se levando em
conta o valor diferenciado de salários, é possível a contratação de um maior numero de auxiliares,
pois são os que recebem os menores salários. Alem disso, são se pode negar o fato de que em
diversos serviços não há uma clara diferenciação entre as atribuições do auxiliar e do técnico em
enfermagem.
O auxiliar de enfermagem de hoje, não pode ser imaginado como uma pessoa submissa, cumpridora
de escalas, alheio a todo o processo que envolve a doença, o paciente, o hospital, etc.
Mudou-se o olhar sobre a doença. Hoje se busca a saúde. Assim, o auxiliar de enfermagem também
se desloca de seu local tradicional, o hospital e se faz presente
nas escolas, clubes, empresas, comunidades, etc.
Dessa forma, pode-se dizer que houve uma flexibilização do papel do auxiliar de
enfermagem, passando a ser um ser critico, consciente, capaz de refletir sobre os limites de sua ação
e de intervir em prol do cliente de acordo com os recursos existentes. Para isso, espera-se que ele
seja uma pessoa critica, atenta as transformações do mundo moderno , já que conhecer a realidade
em que esta inserido é quesito fundamental para que sua intervenção possa ser realmente eficaz.
Deve ainda perceber sua co-responsabilidade social a partir do papel que desempenha papel esse
que não se resume ao de um simples cuidador, mas de alguém que interage e modifica a realidade
através de ações de saúde.
A sensibilização para o cuidado em saúde é uma das inúmeras preocupações que o
professor / educador tem tido com o graduando dos cursos de enfermagem. Cabe a nós, como
educadores, instrumentalizar tecnicamente o aluno para o desenvolvimento de sua habilidade
manual, isso não quer dizer, que a técnica em si torna o cuidado sensível (ESPIRIDIÃO &
MUNARI, 2004).
A utilização da saúde mental como tema transversal no currículo de Enfermagem já é realidade em
algumas escolas no Brasil, pois, apesar da saúde mental constantemente estar associada a práticas
que só se desenvolvem em ambientes considerados da psiquiatria, ela pode auxiliar o enfermeiro a
desenvolver durante sua prática assistencial uma atitude de responsabilização, preocupação e
envolvimento afetivo com o outro.O ser humano é um ser singular em um mundo plural que merece
atenção e o enfermeiro merece estar alerta para não cair na ilusão de que o cuidado está atrelado
apenas ao corpo, esquecendo que esse sujeito doente é possuidor de vontade, sentimentos e
expectativas que não podem ser esquecidas
(MONTEIRO, 2003).
Logicamente observamos alunos que desempenham suas atividades com um desvelo digno de
apreciação, outros são extremamente hábeis nas tarefas que lhe foram designadas, mas extrapolam
para o meio externo dos laboratórios de enfermagem atitudes de distanciamento do sujeito de sua
ação, como se estivessem cuidando do boneco no qual aprenderam as técnicas de enfermagem,
como, por exemplo, no caso da administração de medicamentos. Um braço mecânico não sente dor,
não tem uma história de vida, não tem pai, nem mãe. É apenas um artefato de ensino, recurso
tecnológico imprescindível para o desenvolvimento da habilidade manual.
Para nós a idéia de que o bom enfermeiro é aquele que com os anos de profissão passa a ser ‘frio
em suas ações, como se nossa profissão para ser reconhecida deva perder sua humanidade,
esquecendo o sofrimento do outro é perversa. Essa atitude se dá segundo ROCHA et al (2003)
quando esses agentes do cuidar não se permitem fazer contato com suas sensações, seus
sentimentos e emoções.
Deixando de lado as dores humanas, o aluno reproduz esse ciclo vicioso e histórico da frieza e
distância do enfermeiro, esquece da necessidade de acolher e escutar, da necessidade de aprender a
lidar com emoções que são suas, mas, que também são do outro. Quando nos deparamos com essa
afirmação, nos perguntamos. Que cuidado é esse? Que ignora o sofrimento de estar doente, a dúvida
de não saber o que se tem, a espera pela consulta médica ou pela visita que não chega; o odor da
ferida, que mostra à pessoa doente o quanto o nosso corpo é vulnerável. Onde está o cuidado em
instalar uma punção venosa sem ao menos dizer o próprio nome, identificando-se como
profissional.
Todos esses afetam, a nosso ver a credibilidade do nosso fazer cotidiano, não desmerecendo a
necessidade da competência técnica, mas apenas fazendo um alerta para a competência do olhar
amoroso em direção ao outro.
A incursão por uma disciplina extremamente técnica como a intitulada em nosso curso de
Enfermagem – Bases técnicas da assistência de Enfermagem e, em outras escolas de enfermagem,
como Cuidados de acesso ao homem, fundamentos de enfermagem, entre outros; fez-nos lançar um
olhar amoroso em relação ao tema. Nossa formação em saúde mental nos ensina, diariamente quenão devemos ignorar a dor do outro, nem suas dificuldades, ou diferenças no agir e no pensar. Em
contrapartida, observamos e vivenciamos o quanto essas atitudes tão caras à saúde mental em
alguns momentos são deixadas de lado por outras áreas consideradas ‘mais técnicas’. O contato
com uma disciplina em que, geralmente, a habilidade manual é valorizada em detrimento da
necessidade de acolher o outro, (sujeito de nosso cuidado), nos fez desenvolver algumas estratégias
de ensino de técnicas de enfermagem utilizando ferramentas teóricas e metodológicas da saúde
mental.
Durante a discussão da estratégia destacamos algumas questões que foram levantadas pelos alunos,
entre elas;
a. a necessidade do respeito ao outro;
b. a humanização do atendimento;
c. a falta de preparo do enfermeiro para esse tipo de situação;
d. a utilização do termo ‘pacote’ como impessoal desrespeitoso e depreciativo;
e. o vínculo com o paciente;
f. a necessidade ou não de ser mais ‘frio’ nesse tipo de situação;
g. a dúvida se o enfermeiro está pronto para dar a notícia do óbito à família.
São questões que apontam para um caminho que os docentes da área devem considerar quando
construírem seus planos de ensino. Outras estratégias foram criadas por nós para essa disciplina,
considerando sempre que o aluno é fundamental nessa construção e que o
aprendizado técnico científico também deve ser sensível. Sensível aos sentidos, ao outro, a
profissão, à aprendizagem e principalmente a si mesmo.

Depressão

É uma doença afetiva causada por alterações químicas no cérebro, que afeta seus pensamentos,
sentimentos, saúde e comportamento. Pode ser causada por fatores biológicos e por fatores
psicológicos. É uma doença afetiva ou do humor.
A depressão ocorre quando um dos neurotransmissores químicos chamados serotonina (molécula
responsável pela transmissão de impulsos nervosos) que regula o humor,
o sono, o apetite, a memória, a agressividade, estão em desequilíbrio. O indivíduo apresenta
sintomas de generalizar situações de forma negativa.
Entre os fatores desencadeadores da depressão, estão: doenças físicas, medicamentos, drogas e
álcool genéticos e história familiar, personalidade. Percebe-se que uma pessoa está deprimida
quando permanece apática, tristonha, chorando por qualquer motivo, sem vontade de realizar
alguma atividade, etc.
Psicologia – busca de causas e trabalho com as mesmas, ou auxilio para que a pessoa estabeleça
objetivos em sua vida, recuperando o entusiasmo em viver.
Entre os medicamentos estão:
a. Tranqüilizantes – que acalmam os sintomas dolorosos, como angustia perturbações
sexuais, perturbações do apetite, do sono, etc.. São os tratamentos de apoio ao tratamento
antidepressivo.
b. Antidepressivos – ajudam a restaurar o equilíbrio das substâncias químicas no cérebro.
ESTRESSE
É um conjunto de sensações físicas e químicas do organismo, desencadeadas pelo cérebro, paratornar a pessoa apta a enfrentar uma situação nova, que exige adaptação. O termo é utilizado para
definir diferentes sensações (nervoso, cansado, etc.). Nem sempre o estímulo que dispara o estresse
é ruim (paixão, emprego, etc.), provocando alterações no equilíbrio interno do organismo, situações
essas que precisam ser adaptadas. Se o indivíduo consegue lidar com o estímulo estressor,
eliminando ou aprendendo a lidar com a situação, o organismo volta ao equilíbrio, mas se o
estímulo persistir sendo entendido como estressor, irá haver uma evolução pra sintomas maiores,
mais graves e até doenças.
As causas variam de pessoa para pessoa, ou seja, saber até que ponto uma fonte de estresse afeta
uma pessoa é relativo e depende de seu modo de vida, sua classe social; ex. preocupações,
contrariedade, insatisfação no trabalho, demissão inesperada, problemas de relacionamento, etc.
Os sintomas também variam de pessoa para pessoa, e podem ser: irritabilidade, ansiedade
excessiva, insônia ou excesso de sono, dores de cabeça e nas costas, fraqueza, cansaço constante,
dificuldade de concentração, perda ou excesso de apetite, falhas de memória, alterações repentinas
no estado emocional (agressividade), fobias, diminuição da criatividade, perda de interesse sexual,
dificuldades de digestão, maior vulnerabilidade ás
doenças.
Conseqüências fisiológicas do excesso de estresse:
Males menores: taquicardia, gastrite, alergias e problemas respiratórios;
Males maiores: ataque cardíaco, derrame cerebral ou outros distúrbios fatais;
Conseqüências emocionais do excesso de estresse:
Aumento das tensões físicas e psicológicas;
Aumento da hipocondria;
Mudanças nos traços de personalidade;
Enfraquecem as restrições de ordem moral e emocional;
Depressão e sensação de desamparo;
Auto-estima diminui de forma aguda.
Tratamento: exercícios físicos, técnicas de autocontrole e relaxamento; alimentação equilibrada;
tratamento psicológico específico.
Prevenção: Aprender a administrar o tempo; juntar as pessoas agradáveis; praticar diariamente
técnicas de relaxamento; fazer algum tipo de exercício aeróbico; não permitir que o trabalho domine
toda a sua vida reduzir seu peso se este o incomoda mantendo-o num nível agradável; preservar
suas liberdades pessoais; encontrar tempo todos os dias para ficar sozinho e pensar; ter um ou mais
passatempos relaxantes; abrir-se a novas experiências, reduzir ou eliminar o hábito de ver tv.
NEUROSE
A neurose é um conjunto de conflitos, que conduzem a uma inibição das condutas sociais. É a
intermediária entre a normalidade e a psicose. A pessoa neurótica tenta superar seus conflitos e
ansiedades usando mecanismos inadequados. Ex. mania de limpeza, objetos que quando utilizados
dão sorte, etc.
A neurose se manifesta por muitos sintomas, onde os mais comuns são os seguintes:
Estado de Angustia – são momentos de inquietação, ansiedade na qual a pessoa fica em alerta
psíquico diante de uma ameaça indeterminada (algumas vezes não sabe explicar porquê está
sentindo tal sensação).
Hipocondria – é uma doença imaginária, em que a pessoa numa solução de fuga, acha-se doente e
torna-se doente;
Histeria – envolve conflitos, onde a pessoa sem saída produz comportamentos descontrolados ou
com sintomas de doença (cegueira, paralisia, etc.).
Fobia – é um medo irracional, que substitui o medo real.

Relação da Psicologia com a Enfermagem

Há duas correntes na área da saúde que se deve conhecer para responder esta questão: a primeira
que trata o doente como um paciente passivo e vê a doença como um fator único que pode ser
retirada com medicamentos e procedimentos e a segunda corrente que percebe que além de
apresentar sintomas da doença, o paciente possui problemas sociais, econômicos, pessoais,
psicológicos que se influenciam e que contribui para o surgimento de novas doenças. Para melhor
compreender a forma de agir, pensar e sentir humano o aparelho psíquico foi dividido por Freud em
sistemas e o conteúdo mental em níveis de consciência, assim como procurou entender o papel dos
sonhos em nossas vidas.
APARELHO PSÍQUICO
O aparelho psíquico foi estudado por um médico neurologista, utilizando o
comportamento normal e anormal de seus pacientes. Ele foi o fundador da teoria psicanalítica, que é
utilizada até hoje e que foi ponto de partida de outras teorias e estudiosos.
Segundo Freud, a personalidade é composta por três grandes sistemas: o id, o ego e
o superego.
a. ID – É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos inconscientes que
impulsionam o organismo. Há duas formas de instintos: o da vida, tais como fome, sede, sexo, etc.;
e os da morte, que representam a forma de agressão. O id não tolera tensão e utiliza o prazer para
descarregá-la.
b. EGO – O ego opera pelo princípio da realidade, isto é pelo que a nossa realidade considera
correta. Para satisfazer o id, o ego pensa, percebe, planeja, decidi.
c. SUPEREGO – É o representante das normas e valores sociais que foram transmitidas pelos
pais através de castigos e recompensas impostos á criança. As principais funções do superego são:
inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela perfeição.
b. o componente psicológico e o superego o componente social.
De maneira geral, o id é considerado o componente biológico da personalidade, o ego O
comportamento do adulto normal é o resultado da interação recíproca dos três sistemas, pelo
equilíbrio do organismo.

Psicologia Aplicada à Enfermagem

História da Psicologia
A primeira ciência que se conhece desde as épocas mais remotas é a filosofia. Esta ciência tem por
objetivo a reflexão, o questionamento, a crítica, a fim de obter da inteligência a sabedoria.
A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens na filosofia.
Tem-se afirmado que a psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com uma curta
história, pois os povos desde a antiguidade sempre manifestaram a preocupação com os problemas
da alma e da vida humana. Vários pesquisadores afirmam que o primeiro manual de psicologia vem
da Grécia (390 A.C.), onde Aristóteles escreveu sobre a alma. È sua a tese de que o todo vem antes
das partes e é, portanto mais que a somatória das suas partes. Outros filósofos e cientistas marcaram
sua importância como Santo Agostinho em 354 (método da auto-observação e o da descrição da
experiência interior), John Looke (papel das impressões sensoriais no desenvolvimento das
experiências), etc.
No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço
torna-se necessário para dar respostas e soluções praticas no campo da técnica industrial. O
conhecimento torna-se independente da fé, a racionalidade do homem aparece. A noção da verdade
passa a contar com o aval da ciência. Os problemas e temas da psicologia passam a serem
investigados pela fisiologia e neurofisiologia, pois era necessário compreender o
funcionamento da maquina de pensar humana: o cérebro
A partir daí, a psicologia passa a definir seus objetos de estudo, delimitar seu campo, formular
métodos e teorias.
Surgem as primeiras escolas de psicologia:
- Funcionalismo: procura compreender como funciona a consciência através do seu modo de
adaptar-se ao meio;
- Estruturalismo: procura entender a consciência através do sistema nervoso central;
- Associacionismo: todo o comportamento tende a se repetir, se nos o recompensamos assim
que nos o emitimos.
PRINCIPAIS TEORIAS DO SECULO 20
Behaviorismo: Comportamento - afirma que a única fonte de dados sobre o ser humano era o seu
comportamento, o que as pessoas faziam e o que diziam. Esta concepção valorizou os experimentos
com animais, cujo comportamento mais simples facilita a investigação e possibilita conclusões
transponíveis para seres humanos. O condicionamento era a base para explicar toda a
aprendizagem. O ambiente tinha papel primordial na formação da personalidade.
Gestalt: Esta linha afirmava que as outras linhas tinham o individuo como um ser passivo. Para esta
linha o todo e mais do que a soma das partes.
Psicanálise: É a linha mais conhecida pelo publico, apesar de não ser compreendida. Quem fundou
esta linha foi um medico alemão chamado Sigmund Freud. Insatisfeito com os tratamentos para
tratar desordens mentais, passou a investigar as origens mentais dos comportamentos. Divulgou a
motivação para o comportamento, a importância da primeira infância na formação da personalidade,
deu grande ênfase à sexualidade do individuo o que gerou grande polemica na época.
Esta abordagem explicou o comportamento humano de forma radicalmente diversa das demais. Pela
ausência de experimentação, costumam ser rejeitadas pelos cientistas de laboratório, mas o clinico
tende a apoiá-la.
Humanismo: É um movimento mais recente em psicologia. Enfatiza a necessidade de estudar o
homem e não os animais, os indivíduos normais psicologicamente e não os perturbados.
Enquanto área de conhecimento, a psicologia está relacionada com os diferentes fatores de natureza
política, social, cultural e científica, pois para compreender o ser humano é necessário conhecer o
meio em que ele está inserido, sua problemática, valores, tradições e história. Não devemos
esquecer o fato de que o ser humano está em permanente movimento e
transformação.
A psicologia está inserida nas mais diferentes áreas do saber como a médica, a educacional, a
social, lazer, segurança, trabalho, justiça, comunidade, comunicação, ambiente, etc. têm por
objetivo conhecer o ser humano individualmente e em grupo visando encontrar meios para ele viver
de forma equilibrada nas mais diversas situações, desenvolver seus potenciais, prevenir possíveis
problemas e auxiliando o relacionamento humano.

Curativo:Material necessário

-Bandeja
-Luva de procedimento
-Kit curativo (pinças)
-Gaze
-Algodão
-Solução fisiológica 0,9% (soro)
-Èter
-sacoplástico
-Fita (esparadrapo)
                                  Descrição da técnica

-Posicionar o paciente em posição confortavél
-Abrir o pacote de curativo, gaze, algodão, observando a técnica asseptica.
-Pegar a pinça anatômica com dente e com ela posicionar o restante do material, em um dos cntos do campo.
-Retirar e desprezar a penso, com a pinça com dente.
-Desengordurar a pele ao redor dsa ferida.
-Fechar o curativo utilizando a cobertura adequada ex:pomada, soro, curativo especial.
-Encaminhar o instrumental próprio no próprio campo ao expurgo.
Obs: Em caso de pacientes pediátricos retirar o curativo com luvas não estéris.
-Substituir instrumental por luvas estéris.
-Proceder a técnica de curativo conforme protocolo utilizado.

CURATIVOS ESPECIAIS

 A Utilização de curativos especiais representa, mais de um recurso na tentativa de favorecer a cicatrização. Desta forma a utilização destes insumos deve seguir rigorosos critérios de utilização, principalmente devido ao alto custo destes materiais.
Os principais materiais são:
-Hidrocolóides- são curativos á base de fibras que entram em contato direto com o ferimento. Esses curativos favorecem a multiplicação do tecido de granulação e protege o leito do ferimento com a formação de um hidrogel. Em média é substituído de 2 a 3 dias após sua colocação.
 CARVÃO ATIVADO- Este tipo de curativo é utilizado na cobertura de feridas altamente infectadas /contaminadas, com o objetivo de suprimir o odor dos ferimentos.

CURATIVOS

TÉCNICAS PARA CURATIVOS E BANDAGENS
 1. Explique o procedimento para o paciente. Avalie o nível de conforto do paciente; se houver prescrição de analgésico, pergunte se acha necessária sua aplicação antes do procedimento. Se for aplicar a medicação, espere cerca de 20 minutos para que possa fazer o efeito desejado. Posicione o leito de maneira que a altura permita o trabalho adequado, promova a privacidade do paciente, e coloque um protetor no colchão sobre o local da ferida para evitar que suje a roupa de cama. Observe o local do curativo e determine aproximadamente o número de pacotes de gaze que ira necessitar no procedimento, bem como a necessidade de outros materiais.
2. Reúna os seguintes materiais:
· Campo estéril
· Soluções de limpeza/debridamento e de irrigação prescritas (geralmente soluções salinas e derivadas do iodo – soro fisiológico e PVPI – bem como outros produtos antimicrobianos que podem ser utilizados no procedimento, dependendo do tipo de ferida).
· Cubas estéreis
· Cotonetes estéreis
· Um par de luvas de procedimento
· Luvas estéreis (na ausência de pinças estéreis).
· Pacotes de gaze estéreis.
· Saco plástico para lixo.
· Materiais para oclusão do ferimento como, por exemplo, faixa crepe, esparadrapo, se as faixas de Montgomery não estiverem sendo usadas.
É importante que o pacote de gazes seja sem enchimento e feito de uma malha fina. Os pacotes de gaze com enchimento (chumaços) possuem fibras de algodão entremeadas no seu interior que podem permanecer no leito da ferida, e a malha fina é necessária para proporcionar um melhor debridamento sem que haja a remoção do tecido de granulação formado.
3. Coloque o saco de lixo em um local conveniente, distante do local da troca do curativo. Ajuste ou remova as roupas do paciente e mantenha o local aquecido e com privacidade. Lave as mãos e prepare o campo estéril. Cuidadosamente, derrame as soluções estéreis no interior das cubas estéreis. Para esse procedimento, a enfermeira deverá utilizar uma cuba para as soluções de limpeza e/ou debridamento e outra cuba para soluções de limpeza e umidificação da ferida.
4. Coloque as luvas de procedimento e desamarre as faixas de Montgomery, quando utilizadas, ou remova os adesivos de cobertura da ferida e jogue no lixo.
5. Pegue a gaze que recobre a ferida, segurando-a firmemente pela parte externa. Puxe-a delicadamente para remove-la da ferida
6. Observe o curativo retirado para avaliar a quantidade e o tipo de exsudato eliminado; verifique se possui algum odor, o que pode ser indicativo de infecção. Envolva o curativo em suas luvas ao mesmo tempo em que você as remove das mãos, e deposite todo o material no saco de lixo.
7. Coloque o par de luvas estéreis e molhe a gaze estéril na solução de limpeza utilizada. Nesse momento, determine uma das mãos como contaminada para a limpeza e o enxágüe da lesão, e a outra para o contato com o material estéril no campo. Antes de limpar o local, observe a ferida e avalie a presença de edema, o tamanho, a cor, o odor e o exsudato. Verifique a quantidade de tecido de granulação. Irrigue a ferida do topo à base com a solução de limpeza e despreze a gaze contaminada no lixo.
8. Molhe outra gaze na solução de limpeza e limpe a área ao redor da ferida, começando pelas margens, distanciando o movimento no sentido da região interna da ferida para as bordas mais externas (direção centrífuga).
9. Mergulhe um cotonete na solução de limpeza e limpe a abertura da ferida. Você deve utilizar um outro cotonete seco para avaliar a profundidade da lesão. Essa informação será importante posteriormente, na oclusão da lesão. Então enxágüe a ferida e a área adjacente com a solução salina.
10. Use uma gaze seca para enxugar a pele ao redor da ferida. Remova as luvas e despreze-as juntamente com a gaze e os cotonetes contaminados.
11. Calce um novo par de luvas estéreis e prepare a cobertura da ferida mergulhando a gaze na solução de irrigação. Certifique-se de retirar o excesso da solução da gaze molhada, porque a cobertura excessivamente úmida pode dificultar o debridamento da lesão. Pode também molhar a cobertura externa da ferida, bem como levar contaminação de microrganismos para o seu interior.
12. Desdobre a gaze molhada para aumentar a superfície de contato com o leito da lesão.
13. Segure a gaze com a sua mão dominante para evitar tocar na pele do paciente e, dessa forma, introduzir contaminação para o interior da ferida. Use um cotonete estéril para conduzir a gaze ao interior da ferida.
14. Preencha a ferida completamente, adicionando quantas gazes forem necessárias. Mantenha as gazes frouxas sem recobri-las.
15. Cubra as gazes úmidas com uma compressa seca.
16. Amarre a compressa no local. Se a ferida estiver localizada em uma extremidade do corpo, fixe a compressa com ataduras de crepe. Se forem utilizadas as faixas de Montgomery, troque-as se estiverem sujas, e então amarre firmemente. Se forem utilizadas faixas cirúrgicas, enrole-as sobre a lesão. Remova-as se estiverem sujas. Então remova suas luvas e coloque-as no saco de lixo.
17. Retorne o paciente à posição de conforto, ajustando suas roupas quando estiver impossibilitado de fazer por si mesmo. Amarre firmemente o saco de lixo removendo-o do lado do leito, desprezando conforme normatização estabelecida pela instituição. Finalmente, registre o procedimento na folha de anotação de enfermagem. Registre o aspecto, o tamanho e o odor (se houver) da ferida e descreva a quantidade e o tipo de exsudato. Anote a quantidade e aspecto do tecido de granulação.

TIPOS DE FERIDAS

FERIDAS
Existem dois tipos de feridas: as feridas visíveis causadas por um corte ou uma caída, e feridas causadas por batidas, que não mostram imediatamente signos esternos.
A gravidade da cada uma delas depende da sua localização e de sua profundidade.Podemos classificar as feridas em:
- Feridas incisas ou cortantes: provocadas por agentes cortantes, como faca, lâminas, etc. As características deste tipo de feridas são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas.
- Feridas corto-contusa: provocadas por um agente que não tem corte tão acentuado, a força do traumatismo acaba causando a penetração do instrumento.
- Feridas pérfuro-contusas: ocasionadas por arma de fogo, com posibilidade de existir dois orifícios, o de entrada e o de saída.
- Feridas do tipo escoriações: este tipo de lesão surge de forma tangencial à superfície cutânea, com arrancamento da pele.
- Feridas equimoses e hematomas: na equimose há rompimento dos capilares, mas sem perda da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.

O tratamento de todas as feridas graves deve incluir medidas para prevenção ou reducção um possível shock.

MEDIDAS A TOMAR
.....primeiro à fazer antes de desinfetar uma ferida é lavar bem as mão com bastante sabão e água....
Você poderá utilizar num curativo:
soro fisiológico para limpeza e como emoliente, soluções anti-sépticas; álcool iodado com ação secante e cicatrizante e o éter que facilita o trabalho removendo a camada gordurosa da pele.É necessario na hora de fazer um curativo: uma técnica asséptica no manuseio do material estéril; movimentos de execução, mobilização e imobilização segundo o caso.Existem diferenças dependendo no tipo de feridas, no caso das mordeduras por exemplo, não devem ser suturadas, pois existe a posibilidade de estar infectadas. Nas feridas por arma de fogo, deve-se lavar bem o interior do ferimento, antes de suturar, mas se houverem dois orifícios, um deles poderá ser suturado. Uma ferida causada por um prego deve ser limpada e não suturada, deve-se tomar cuidado com a profilaxia do tétano.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

DOENÇAS INFECCIOSAS TÍPICAS DA INFÂNCIA

Doenças de etiologia viral que costumam deixar imunidade permanente, sendo a maior incidência na primavera e inverno. Não existe tratamento específico, apenas a administração de medicações para aliviar sintomas, como a febre. porém é importante ficar atento à criança. Se ela apresentar: sonolência incomum, recusar beber líquidos, dor de ouvido, taquipnéia, respiração ruidosa ou cefaléia intensa faz-se necessário procurar um médico, pois estes são alguns sinais de alerta para possíveis complicações dessas doenças.
Sarampo
Via de Transmissão: aérea, pela mucosa respiratória ou conjuntival
Período de Incubação: 8 a 12 dias
Manifestações Prodrômicas: febre (geralmente elevada, alcançando o máximo no aparecimento do exantema), manifestações sistêmicas, coriza, conjuntivite, tosse, exantema característico, podendo apresentar também: cefaléia, dores abdominais, vômitos, diarréia, artralgias e mialgia, associados a prostração e sonolência, quadro que pode dar a impressão de doença grave. Um sinal patognomônico da doença é o aparecimento das manchas de Koplick - pontos azulados na mucosa bucal que tendem a desaparecer.
Manifestações Clínicas: as lesões cutâneas, aparecem no 14º dia de contágio, são máculo-papulosas avermelhadas, isoladas uma das outras e circundadas por pele não comprometida, podendo confluir. Começam no início da orelha, após 24 horas são encontradas em: face, pescoço, tronco e braços ,e após 2 ou 3 dias: membros inferiores e desaparecendo no 6º dia. As lesões evoluem para manchas pardas residuais com descamação leve. A temperatura tende a se normalizar no quarto dia de exantema.
Período de Transmissibilidade: começa 2 a 4 dias antes do período prodrômico e vai até o 6º dia do aparecimento do exantema.


Rubéola
Via de Transmissão: por via respiratória, através de gotículas contaminadas
Período de Incubação: 14 a 21 dias
Manifestações Prodrômicas: em crianças não existem pródromos da doença, mas em adolescentes e adultos, o exantema pode ser precedido por 1 ou 2 dias de mal-estar, febre baixa, dor de garganta e coriza discreta.
Manifestações Clínicas: 7 dias antes da erupção cutânea, percebe-se um aumento dos gânglios cervicais, retroauriculares e occiptais. As lesões cutâneas são máculo-papulosas, de coloração rósea e às vezes confluentes. Iniciam na face, pescoço, tronco, membros superiores e inferiores em menos de 24 horas. Na maioria dos casos, a erupção permanece por 3 dias. Existem muitos indivíduos que apresentam a infecção inaparente.
Período de Transmissibilidade: começa 1 semana antes do aparecimento de exantema até 5 dias após o início da erupção cutânea.
Importante: por ser uma doença teratogênica, recomenda-se que os indivíduos acometidos fiquem em casa evitando o contágio de mulheres grávidas.
Catapora (varicela)
Via de Transmissão: por contato direto, por meio de gotículas infectadas, mas em curtas distâncias. Também pode ser transmitido por via indireta, através de mãos e roupas.
Período de Incubação: 14 a 17 dias
Manifestações Prodrômicas: curto (24 horas), constituído de febre baixa e discreto mal-estar.
Manifestações Clínicas: exantema é a primeira manifestação da doença. As lesões evoluem em menos de 8 horas: máculas > pápulas > vesículas > formação de crosta. As crostas costumam cair em 7 dias até 3 semanas, se houver contaminação. Neste caso ou se houver remoção prematura da crosta deixa cicatriz residual. As lesões acometem predominantemente tronco, pescoço, face, segmentos proximais dos membros, poupando palma das mãos e planta dos pés. Aparecem em surtos de 3 a 5 dias, por isso pode-se visualizar em uma mesma área a presença de todos os estágios de lesão. A intensidade varia de poucas lesões, surgidas de um único surto, a inúmeras lesões que cubram todo corpo, surgidas em 5 ou 6 surtos, no decurso de 1 semana. A febre costuma ser baixa e sua intensidade acompanha a intensidade da erupção cutânea.
Período de Transmissibilidade: desde 1 dia antes do aparecimento de exantema até 5 dias após o aparecimento da última vesícula.
Importante: evite que a criança coce as lesões, evitando a contaminação local e cicatrizes residuais. Se a coceira for muita, procure um médico que indicará métodos para aliviar o prurido.
Caxumba (Parotidite Epidêmica)
Via de Transmissão: por via respiratória, através de gotículas contaminadas e contato oral com utensílios contaminados
Período de Incubação: 14 a 21 dias
Manifestações Prodrômicas: passa desapercebido, só se notando a doença quando aparecem dor e edema da glândula.
Manifestações Clínicas: aumento das parótidas, que é uma glândula situada no ramo ascendente da mandíbula. Pode afetar um ou ambos os lados do rosto. Irá se apresentar mole, dolorosa a palpação, sem sinais inflamatórios e sem limites nítidos. Com o edema da parótida há uma elevação da febre e dor de gargganta.
Período de Transmissibilidade: 3 dias antes do edema da parótida, até 7 dias depois do inchaço ter diminuído.
Importante: recomenda-se o repouso, sendo obrigatório para adolescentes e adultos, principalmente do sexo masculino.


Doença infecciosa endêmica e epidêmica, de origem bacteriana, sendo uma importante causa de morbi-mortalidade em crianças de baixa idade, principalmente em crianças não-imunizadas. Sua imunidade, também, parece ser permanente após a doença e não há influência sazonal evidente nos picos de incidência.
Coqueluche
Via de Transmissão: contato direto através da via respiratória.
Período de Incubação: varia entre 6 e 20 dias
Manifestações Clínicas: dura de 6 a 8 semanas, sendo que o quadro clínico depende da idade e grau de imunização do indivíduo. É dividida em estadios: (1) Estádio catarral - dura de 1 a 2 semanas e é o período de maior contagiosidade. Caracterizado por secreção nasal, lacrimejamento, tosse discreta, congestão conjutival e febre baixa. (2) Estádio paroxístico - dura de 1 a 4 semanas (ou mais). Há uma intensificação da tosse manifestada em crises, frequentemente mais numerosas durante a noite. (3) Estádio de convalescença - acessos são menos intensos e menos frequentes.
Importante: por ser uma patologia bacteriana faz-se necessário a introdução de antibioticoterapia e isolamento respiratório por 5 dias após o início da administração medicamentosa, ou por 3 semanas após o começo do estádio paroxístico, se a antibioticoterapia for contra-indicada.
Faz-se necessário a hospitalização de lactentes com problemas importantes na alimentação, crises de apnéia e cianose, e pacientes com complicações graves.
Procurar evitar fatores desencadeantes de crises como temor, decúbito baixo, permanência em recintos fechados e exercícios físicos. Procurar manter nutrição e hidratação adequada.

Estrutura da Personalidade

As observações de Freud revelaram uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos. A um instinto opunha-se outro. Eram proibições sociais que bloqueavam pulsões biológicas e os modos de enfrentar situações freqüentemente chocavam-se uns com os outros.
Ele tentou ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos estruturais da psique: o Id, o Ego e o Superego.
O Id contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento e está presente na constituição, acima de tudo os instintos que se originam da organização somática e encontram expressão psíquica sob formas que nos são desconhecidas. O Id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano, exposta tanto às exigências somáticas do corpo às exigências do ego e do superego.
As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao Id, havendo assim, impulsos contrários lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro . O Id seria o reservatório de energia de toda a personalidade.
O Id pode ser associado a um cavalo cuja força é total, mas que depende do cavaleiro para usar de modo adequado essa força. Os conteúdos do Id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência mas localizado na área do Id, será capaz de influenciar toda vida mental de uma pessoa.
O Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. O Ego se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade, vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do Id. Como a casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente para suas realizações. Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade.
Uma das características principais do Ego é estabelecer a conexão entre a percepção sensorial e a ação muscular, ou seja, comandar o movimento voluntário. Ele tem a tarefa de auto-preservação. Com referência aos acontecimentos externos, o Ego desempenha sua função dando conta dos estímulos externos, armazenando experiências sobre eles na memória, evitando o excesso de estímulos internos (mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e aprendendo, através da atividade, a produzir modificações convenientes no mundo externo em seu próprio benefício.
Com referência aos acontecimentos internos, ou seja, em relação ao Id, o Ego desempenha a missão de obter controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias mais favoráveis ou suprimindo inteiramente essas excitações. O Ego considera as tensões produzidas pelos estímulos, coordena e conduz estas tensões adequadamente. A elevação dessas tensões é, em geral, sentida como desprazer e o sua redução como prazer. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer (1940, no. 7, pp. 18-19 na cd. bras.).
Assim sendo, o ego é originalmente criado pelo Id na tentativa de melhor enfrentar as necessidades de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, o Ego tem de controlar ou regular os impulsos do Id, de modo que a pessoa possa buscar soluções mais adequadas, ainda que menos imediatas e mais realistas.
O Superegoesta última estrutura da personalidade se desenvolve a partir do Ego. O Superego atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, é o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do Superego: consciência, auto-observação e formação de ideais.
Enquanto consciência pessoal, o Superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente, porém, ele também pode agir inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas e podem aparecer sob a forma de compulsões ou proibições.
O Superego tem a capacidade de avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente das pulsões do Id para tensão-redução e independentemente do Ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais do Superego está ligada a seu próprio desenvolvimento. O Superego de uma criança é, com efeito, construído segundo o modelo não de seus pais, mas do Superego de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e torna-se veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram de geração em geraçã.
Relações entre os Três Subsistemas
A meta fundamental da psique é manter e recuperar, quando perdido, um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer. A energia que é usada para acionar o sistema nasce no Id, que é de natureza primitiva, instintiva. 0 ego, emergindo do id, existe para lidar realisticamente com as pulsões básicas do id e também age como mediador entre as forças que operam no Id e no Superego e as exigências da realidade externa. O superego, emergindo do ego, atua como um freio moral ou força contrária aos interesses práticos do ego. Ele fixa uma série de normas que definem e limitam a flexibilidade deste último.
O id é inteiramente inconsciente, o ego e o superego o são em parte. "Grande parte do ego e do superego pode permanecer inconsciente e é normalmente inconsciente. Isto é, a pessoa nada sabe dos conteúdos dos mesmos e é necessário despender esforços para torná-los conscientes".
Nesses termos, o propósito prático da psicanálise "é, na verdade, fortalecer o ego, fazê-lo mais independente do superego, ampliar seu campo de percepção e expandir sua organização, de maneira a poder assenhorear-se de novas partes do id"

O APARELHO PSÍQUICO

Freud inicia seu pensamento teórico assumindo que não há nenhuma descontinuidade na vida mental. Ele afirmou que nada ocorre ao acaso e muito menos os processos mentais. Há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou ação.
Cada evento mental é causado pela intenção consciente ou inconsciente e é determinado pelos fatos que o precederam. Uma vez que alguns eventos mentais "parecem" ocorrer espontaneamente, Freud começou a procurar e descrever os elos ocultos que ligavam um evento consciente a outro. O ponto de partida dessa investigação é o fato da consciência.
Consciente, Pré-Consciente e InconscienteSegundo Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento. O interesse de Freud era muito maior com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava Pré-Consciente e Inconsciente.

Inconsciente. A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais e quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. "Denominamos um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos" (1933, livro 28, p. 90 na ed. bras.).
No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido nem perdido mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente.
O inconsciente, por sua vez, não é apático e inerte, havendo uma vivacidade e imediatismo em seu material. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar que não perderam nada de sua força emocional. "Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos intemporais. Isto significa em primeiro lugar que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os altera, e que a idéia de tempo não lhes pode ser aplicada" (1920, livro 13, pp. 41-2 na ed. bras.).
Assim sendo, para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos.

Pré-consciente. Estritamente falando, o Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que nos são facilmente acessíveis fazem parte do Pré-Consciente. Estas podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências passadas. O Pré-Consciente é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções.

Digestão no intestino delgado


No intestino delgado, ocorre a maior parte da digestão dos nutrientes, bem como a sua absorção, ou seja, a assimilação das substâncias nutritivas.
No duodeno, são lançadas as secreções do fígado e do pâncreas. Nessa primeira porção do intestino delgado, é realizada principalmente, a digestão química – com a ação conjunta da bile, do suco pancreático e do suco entérico ou intestinal atuando sobre o quimo.
Na digestão química, há a ação dessas secreções: 
Bile – secreção do fígado armazena na vesícula biliar. Ela é lançada no duodeno através de um canal e não contém enzimas digestivas; mas os sais biliares separam as gorduras em partículas microscópicas, funcionando de modo semelhante a um detergente. Isso facilita a ação das enzimas pancreáticas sobre os lipídios.  
Suco pancreático – É produzido pelo pâncreas. Possui várias enzimas que atuam n digestão das proteínas, dos carboidratos e dos lipídios.  
Suco entérico – é produzido pela mucosa intestinal. Possui enzimas que atuam na transformação, entre outras substâncias, das proteínas e dos carboidratos.
Ao término do processo digestório no intestino delgado, o conjunto de substâncias resultantes forma um líquido viscoso de cor branca denominado quilo.
A digestão continua no jejuno e no íleo.


O destino dos alimentos
O quilo, produto da digestão, é composto pelos nutrientes transformados em moléculas muito pequenas, mais as vitaminas e sais minerais. As substâncias que formam o quilo podem ser absorvidas pelo organismo, isto é, atravessam as células do intestino, por meio das vilosidades do intestino delgado.
Com isso, ocorre a passagem das substâncias nutritivas para os capilares sanguíneos – ocorre a absorção dos nutrientes. O que não é absorvido, parte da água e massa alimentar, formada principalmente pelas fibras, passa para o intestino grosso.


Intestino grosso
Após a digestão no intestino delgado, o que resta do quilo chega ao intestino grosso. Este absorve a água e os sais minerais ainda presentes nos resíduos alimentares, levando-os, então, para a circulação sanguínea.
Algumas bactérias intestinais fermentam e assim decompõem resíduos de alimentos e produzem vitaminas (a vitamina K e algumas vitaminas do complexo B), que são aproveitadas pelo organismo. Nessas atividades, as bactérias produzem gases – parte deles é absorvida pelas paredes intestinais e outra é eliminada pelo ânus. 
O material que não foi digerido, as fibras, por exemplo, forma as fezes que são acumuladas no reto e, posteriormente, empurradas por movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É quando sentimos vontade de defecar, ou seja, eliminar as fezes.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sangüínea são distribuídos a todas as células, e assim são utilizados pelo organismo.