A ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem
provocar medo, dúvida ou expectativa. É considerada normal a ansiedade
que se manifesta nas horas que antecedem uma entrevista de emprego, a
publicação dos aprovados num concurso, o nascimento de um filho, uma
viagem a um país exótico, uma cirurgia delicada, ou um revés econômico.
Nesses casos, a ansiedade funciona como um sinal que prepara a pessoa
para enfrentar o desafio e, mesmo que ele não seja superado, favorece
sua adaptação às novas condições de vida.
O transtorno da ansiedade generalizada (TAG), segundo o manual de
classificação de doenças mentais (DSM.IV), é um distúrbio caracterizado
pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de
difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem
acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação,
fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e
perturbação do sono.
É importante registrar também que, nesses casos, o nível de ansiedade
é desproporcional aos acontecimentos geradores do transtorno, causa
muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho
familiar, social e profissional dos pacientes.
O transtorno da ansiedade generalizada pode afetar pessoas de todas
as idades, desde o nascimento até a velhice. Em geral, as mulheres são
um pouco mais vulneráveis do que os homens.
Sintomas
Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Além dos já
citados (inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de
concentração, tensão muscular) existem outras queixas que podem estar
associadas ao transtorno da ansiedade generalizada: palpitações, falta
de ar, taquicardia, aumento da pressão arterial, sudorese excessiva, dor
de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito,
dores musculares.
Diagnóstico
O diagnóstico do TAG leva em conta a história de vida do paciente, a
avaliação clínica criteriosa e, quando necessário, a realização de
alguns exames complementares.
Como os sintomas podem ser comuns a várias condições clinicas
diferentes que exigem tratamento específico, é fundamental estabelecer o
diagnóstico diferencial com TOC, síndrome do pânico ou fobia social,
por exemplo.
Tratamento
O tratamento do TAG inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou
ansiolíticos, sob orientação médica, e a terapia comportamental
cognitiva. O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido por
seis a doze meses depois do desaparecimento dos sintomas e deve ser
descontinuado em doses decrescentes.
Recomendações
* Se você é visto como alguém de estopim curto, que anda sempre com
os nervos à flor da pele e tem muita dificuldade para relaxar,
provavelmente chegou a hora de procurar um médico para avaliar esse
estado permanente de tensão e ansiedade;
* Se você cobra muito de si mesmo, está sempre envolvido em inúmeras
tarefas e pressionado pelos compromissos, tente pôr ordem não só na sua
agenda, mas também na sua rotina de vida, sem esquecer de reservar um
tempo para o lazer. Se não conseguir sozinho, não se envergonhe, peça
ajuda.
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